As tristezas que tomei dos meus poetas,
e as chagas que carrego por meus anjos,
são as coisas mais bonitas dessa vida,
são as traças que devoram minhas páginas.
Absorto, sendo Atlas e anêmico,
me contento com o que vi e o que valho,
sendo assim, barra quebrada e uns trocados,
são as coisas que me fazem ser poeta.
E os dias que tão claros me incomodam,
sempre contam histórias chatas de se ouvir,
só que as noites tão escuras que me habitam,
alimentam, fazem o mundo me munir...
De maneiras absurdas e overdoses,
de cachos torcidos tenros como a carne,
de brancuras sempre intoxicantes
e tristezas de lotarem os cinemas.