Pela primeira vez, não tenho
a luz do Jockey Club no horizonte —
e as nuvens baixas, agora,
não trazem nada além de chuva e névoa.
E é como se eu me despedisse,
como se eu deixasse de acreditar em tudo.
É a total obliteração do meu eu lírico —
aquele, o que sempre foi cativo da cidade;
o dono dos cantos tortos,
das pedras molhadas,
do vão entre os paralelos,
das intempestivas madrugadas.
Apaixonado pelas bem-nascidas,
pelos azuis ternos,
pelos doze postos
e os viciados discretos
que vagam sempre semimortos.
É difícil de acreditar,
mas aquela aura de desajuste me abandonou.
Há, agora, apenas a completa aniquilação
de um antigo eu.
E é como se eu estivesse sendo devorado —
bem capaz de um dia sumir
sem deixar pistas.
Me sinto como o Monroe e a cidade nouveau:
estou sendo internamente demolido
por um modernista.