Pego emprestada a tua dor
pra ir dormir em paz no escuro,
pego e reviro na cama
pensando se você me ama.
Ah, bom saber,
bom lembrar de vez em quando,
que eu sou fruto dos teus
delírios passionais,
que eu sou só mais um
dos teus desejos mais carnais.
Pego emprestado do mundo
mais um pouquinho de escuro,
porque eu preciso de sombras,
pra vagar nos escombros
do que um dia eu chamei de coração.
Pego na marra isso tudo,
divido, reparto, distribuo,
eu saio por aí pra me perder,
pra esquecer que eu não dou futuro.
Ah, tão bom saber,
bom lembrar de quando em vez,
que eu não sou nada pra você,
não sou nada, vezes nada,
absolutamente nada.
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