Da saudade que sinto de mim,
hoje, ninguém pode me curar.
Dos amores que senti e guardei pra mim,
hoje, ninguém pode me curar.
Dos males que fiz,
das dores que me vitimaram,
dos olhos cerrados que me encararam com desprezo,
e da culpa, ah a culpa...
hoje, ninguém pode me curar.
Mas quando o tempo puder passar sem que eu sinta,
e as areias cobrirem todas essas coisas doídas,
e o azul do céu mais límpido não me ferir...
Quando eu puder chorar a falta das tijucas,
e alimentar a mata suja,
adubar também essa terra infesta dos antepassados lusos.
Aí então, quem sabe,
me sentirei curado,
com toda penitência deposta do peito,
e a tristeza lusitana, enfim,
deixando minha alma amargurada.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVocê é muito bom. Admiro-me como você continua sendo muito bom, depois de tantos anos. Lembra-se de mim? ahaha Dos tempos de JI. Tenho seu blog nos favoritos até hoje, e por um acaso parei aqui hoje. :D
ResponderExcluirHaha, claro, JI! Boas memórias. Legal que você ainda passa por aqui, muito obrigado!
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