O imbecil da vida
é a vida toda.
O julgamento de outros olhos
é pra sempre, o tempo inteiro.
Quase nunca vivo pra comemorar
mais um dia passado,
menos um na sentença.
Uma vida inteira
aprendendo essa dança.
Sendo máscara
esquecendo o próprio rosto,
um cativo muito omisso
da vontade do entorno.
Não sou dono, nunca,
nem responsável,
sou passageiro internado da agonia,
passageiro conformado da agonia.
O imbecil da vida
é a vida toda.
E o julgamento de tantos olhos
é pra sempre e o tempo inteiro.
Não se iluda porque não existe
o eterno e indulgente.
Todo mundo, quando quer, sabe ferir;
todo amor do mundo pode e deve te afligir.
Porque o imbecil da vida
é a vida toda.
E o julgamento dos teus olhos
vai ser pra sempre o derradeiro...
Não me iludo, eu não existo,
sou omisso e descontente.
Sempre soube que isso ia me afligir,
sempre soube que o amor ia me ferir.
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