Hoje,
o que escrevo de nada vale.
E ainda escrevo pouco,
sem inspiração,
sem transpiração,
sem brilho no olho.
Não me faltam grandes tragédias,
nem pequenas paixões.
Não é culpa do senhor das esferas,
nem dos vícios tolos desta elite rastaquera.
A culpa é minha
e deste crônico desinteresse.
Destas dores todas de quem nada sente,
desta alma rota,
rendida ao abatimento de sempre.
A culpa é, sem dúvida,
desta coisa que me faz ser eu
— e, sobretudo, deste eu tão fajuto,
tão vago e largamundo.
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