quarta-feira, 22 de março de 2017

De amargar

Foi mesmo de amargar, difícil de lembrar daquela noite,
eram quatro horas da manhã
e eu já via o sol como um farol no horizonte,
eu alucinava mil situações, não estava bem,
mas não fazia mal, mal nenhum à ninguém...

Foi por culpa dela, dos olhos verdes de água do mar,
que eu me repeti, que de novo caí naquela escuridão,
eram quatro horas da manhã o tempo todo,
e eu via que o sol na verdade era a lua,
eu alucinava uma multidão,
enquanto sete vampiras se digladiavam pelo meu coração.

Não foi uma noite fácil,
aquilo nem parecia o leblon,
em todas as calçadas eu via corpos pelo chão,
e era tudo culpa dela,
daqueles olhos de morfina,
o mundo estava acabando por causa daquela menina.

Eram quatro horas da manhã o tempo todo,
e eu era apenas uma sombra, um rastro de escuridão,
carregando a dor comigo, até o dia amanhecer,
esperando por milagre que tudo estivesse no lugar,
depois daquela noite tão difícil de lembrar,
depois daquela noite de amargar.

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