Meu contínuo fado pessoal
estremece com a possibilidade de felicidade,
esconjuro essa plenitude burra de minha vida,
essa coisa do sorriso fácil e da alma vívida.
O escuro parece ser mesmo o meu lugar,
e meu corpo nega toda e qualquer investida à luz do dia,
minha sina parece ser
apenas viver no meu lugar, apenas ficar por lá.
O fado não pode terminar,
os meus versos mudos não devem acabar,
meus versos versados pelos olhos cheios de lágrimas devem continuar,
persistem, revivem, apenas devem continuar.
Pois a palavra é meu grilhão,
o sofrer meu carcereiro,
e eu, um interno satisfeito.
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