O néctar da noite dita o efeito,
dita o meu jeito e os feitos que eu devo contar,
faz da noite uma caixinha de surpresas,
e a cada copo alguma coisa pode mudar.
Nem que seja o ângulo de ver o mundo,
e por ser vagabundo a liberdade eu não precisei comprar,
eu nunca precisei pagar...
A madrugada estende a mão,
salva e leva tanta gente,
conhece os pulsos das mansões e da sarjeta.
Todos os malucos que não se medem pela grana,
todas as vadias, e as meninas de família,
traficantezinhos, otários,
viciados, boas pintas...
A noite é de todos,
caixa de pandora,
labirinto de perdição.
A noite é de todos,
ela é uma criança cruel e doce,
que não gosta de ouvir não.
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