sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Feliz natal

Me fala dessa fineza,
soletra pra mim a tristeza
de ser assim como todos querem que seja.

Debata-se entre as paredes desse mundo,
esqueça as histórias que ouviu de dama e vagabundo.

Me fale dessa sexta-feira,
do drama que existe nesse seu jardim cercado imperial,
que eu te falo das areias,
que eu te faço um carnaval.

Não parece mesmo fácil entender as quatro linhas,
mas às vezes é que a vida,
não é bonita, não é bonita, não é bonita.

Então me fale do teu chão de tábua corrida,
de pinho de riga,
e me explica essa comida
que não é quente nem é fria...

Não se entende tudo isso,
eu não entendo tudo isso,
é preciso ser omisso
é preciso um pouco mais que uma chibata,
a cabeça é que maltrata, que maltrata, que maltrata.

Me fale do pouco que sabe,
e de tudo que vai além das tuas posses,
ainda que seja cedo,
ainda que seja morte, seja morte, seja morte.

Me trate como uma de suas distrações,
me aplique como faz quando vaga nos corações.

Por normose, por osmose, simbiose social, paranormal,
é como bocejar... pra oxigenar.

É como não amar ninguém e a todos desejar...
Feliz natal, feliz natal, feliz natal.

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