segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

As pessoas da sala de jantar

Seus conceitos pobres
me embaraçam pelas tardes,
seus objetos valiosos
exterminam meus neurônios

Quero ver verdades
e não ter nenhuma razão,
quero ser de verdade
e não sofrer desse sopro em silêncio.

Porque as pessoas na sala de jantar,
elas não são as mesmas,
mas talvez eu seja,
talvez eu já esteja lá...

Muito ocupado com o nascer e morrer,
e os nós sufocantes,
todo aquele "mandar fazer",
todas aquelas coisas tão importantes.

Mas seus conceitos mortos,
eles ainda me desarranjam,
me abrem feridas,
e os tapetes persas,
suas mesas de pinho de riga...

Eu não quero jogar pelas regras,
nem exijo as benesses da sua côrte,
não quero o mundo em cores,
nem quero que todos possam e tenham voz.

Eu aceito,
aceito ser o próximo algoz.

Quero ser a tragédia,
quero ser o vilão,
e habitar na sala de jantar
da próxima geração.

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