Nos livros coloridos
poemas tropicais,
nas árvores desfolhadas
sinais de que o inverno
realmente não cobra nada...
realmente não cobra nada...
O céu é limpo e insiste
no azul celestial,
e as cores da estação
nunca me fizeram mal.
Procuro novos olhares,
quero a ineditez dos velhos tempos,
preciso de amor e desamor
de tempos em tempos.
De tristezas e momentos
de pura dor...
Pra me tornar algo como um poeta,
um poeta tropical,
renascendo do caos terrível
de sua sul-americana capital.
Mal dizendo o fim dos tempos
e os dias cinzas quentes dos verões,
desdizendo as coisas terríveis
que andou pregando em outras estações.
Porque sou transitivíssimo
e praticamente imparável,
derrotado pelas tristezas,
e reerguido por lindezas bestas.
Sou poeta, desgraçado,
nascido do lado de cá,
da zona que fecha com o certo,
do time que fecha com o mar.
Poeta tropical,
trupicando sem desaguar,
despudoradamente,
um amante inquieto desse lugar.
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