Escravo da palavra fácil,
do jeitinho e do marzão,
do pé sujo de areia,
do céu firme do verão
Qualquer borboleta me encanta,
qualquer barulho de avião,
qualquer prancha deslizando no mar,
qualquer vôo de balão
Devoto do que é esdrúxulo,
do acaso um ancião,
não que algo me anseie
eu já me sinto um ermitão.
O segredo é a palavra fácil,
a risada sem razão,
o amor gratuito e doce,
e é claro, uma pitada de compreensão.
Qualquer prédio velho me encanta,
qualquer cheiro de café,
qualquer lúgubre menina,
qualquer homem de fé...
Que eu sou devoto do que vem com o vento,
do que diz que vai e não vem,
do que é ordinário e inesperado,
do que é corriqueiro e nos faz bem...
Qualquer sapato colorido,
qualquer roupa da estação,
qualquer livro sublinhado,
qualquer cheirinho de pão
Qualquer música animadinha,
qualquer bola jogada no pé,
qualquer gente linda junta,
qualquer vontade que der
Que eu sou devoto do que vem com o vento,
do diz que vai e não vem,
do que é ordinário e inesperado,
do que é corriqueiro e nos faz bem.
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