Amarrado às filosofias tristes
sigo fazendo repetidos discursos,
insistentes discursos...
Romantizo a tristeza
e a infelicidade dos meus poetas mortos,
sem saber da verdade,
da vida provinciana
e da alegria de suas vidas.
Ninguém pode ser só triste,
nem eu, que mereço muito.
Ninguém deve ser só triste,
nem eu, que preciso muito.
Escorado nos poemas de Schmidt,
debruçado na elegia desesperada,
romantizo essa tristeza toda
buscando algum significado...
As filosofias vãs não me permitem
escolher uma direção,
não tenho um padrinho literato,
não tenho um amor insano e triste,
não choro quando rezo os mortos,
não vivo só pra ser feliz.
Mas ninguém pode ser só triste,
entende?
Ninguém deve ser só triste como eu,
que mereço muito.
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