É mais que os quereres que eu queria,
bem mais, do que aquilo que eu negava e nem sabia,
eu sou outro todo dia,
eu não vejo poesia, onde eu via.
Em olhos claros
e tristezas que falavam,
nem nas pedras tão bonitas
que comigo conversavam
Nas coisas lindas
que às vezes só passavam por mim,
nas veias verdes
das palmeiras do jardim.
O Rio é outro também,
e não há cena de cinema que me ajude,
meu Deus, como é que eu pude?
O cenário não me agrada,
nem o tudo e nem o nada,
eu sou fuga em carne e osso,
eu ainda sou sempre metade fundo do poço...
E isso é mais,
muito mais do que os quereres que eu queria,
bem mais, do que aquilo que eu negava e nem sabia,
eu sou outro todo dia,
e essa é toda poesia que eu queria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário