Desfaço tudo,
desfaçatez,
omisso e escuro
meu dom da vez
Eu sou a trégua
a guerra finda,
como as crianças
que fazem figa
Desato os nós
das suas gravatas,
eu uso e visto
mil fantasias
Que eu sou novembro,
eu sou dezembro,
eu sou o furor...
Eu vivo muito
e morro fácil
sou o próprio embaixador...
Das dores todas
e dos sorrisos,
das loucas e loucos,
dos maltrapilhos.
Eu vivo fácil,
e morro lindo,
sou como um pássaro,
um bem bonito...
Sou como um homem feito
com olhar assassino,
com olhar de menino
por debaixo dos ray-bans.
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