sábado, 31 de julho de 2021

Embaixador

Desfaço tudo,
desfaçatez,
omisso e escuro
meu dom da vez

Eu sou a trégua
a guerra finda,
como as crianças
que fazem figa

Desato os nós
das suas gravatas,
eu uso e visto
mil fantasias

Que eu sou novembro,
eu sou dezembro,
eu sou o furor...

Eu vivo muito 
e morro fácil 
sou o próprio embaixador...

Das dores todas
e dos sorrisos,
das loucas e loucos,
dos maltrapilhos.

Eu vivo fácil,
e morro lindo,
sou como um pássaro,
um bem bonito...

Sou como um homem feito
com olhar assassino,
com olhar de menino
por debaixo dos ray-bans.

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