Meio dia,
meio sem vida.
Encho os pulmões
e sigo, há muito azul demais,
e pouco de mim aqui.
Gostaria talvez de...
não sei do que gostaria.
O dia voa, não almoço,
escrevo um troço que não me desce,
ando topando qualquer negócio,
acho que é stress.
Faço noite às três da tarde,
é impressionante como arde essa lua,
como me consome
esse sem fim que é o céu.
Me recuso,
luto por qualquer sombra,
eu nunca entendi esses
que clamam por lugar ao sol.
Vivo de olhos pregados,
de óculos filmados,
repelindo simpatia,
impassível pelas vias...
Faço noite a qualquer hora,
vivo madrugadas,
me intriga o escuro todo,
e como o mundo, bobo, burro velho,
morre de medo
e vive com as luzes acesas.
e vive com as luzes acesas.
Gostaria de...
ainda não sei do que gostaria.
Talvez que não fosse dia,
não fosse mais,
já que eu não sou dia,
eu gostaria que...
Apagassem a luz.
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