Dizem por aí, que agora tudo é uma egotrip,
nessa muito nova era moderna de apliques,
de golpes e espelhos,
de narcisos afogados criando guelras
e permanecendo bem vivos.
E enquanto nada faz sentido
pra esse alguém que sempre foge do destino,
que faz um esforço louco
pra viver sempre perdido...
Se esquivando das pessoas chatas,
dos quase mortos-vivos
que não dão nem duas páginas de um livro.
É como eu vou me controlando
pra não viver de porre do mundo,
das pessoas rasas, dos homens de farda,
dos seres imensamente aguerridos
e quase sempre sem brilho.
Esses que me dão certeza
da existência de um Deus poderoso e vivo.
Pois só a distração de um grande criador
poderia dar vida a tamanho vazio...
Vazio dessas almas desgarradas, e eu digo,
desgraçadas;
dos homens sempre plácidos,
dos mansos residentes do vácuo
de suas mentes parvas...
E dos viveres improfundos,
dos lemas flexíveis e inatos
que são a fina flor desse absurdo.
A prova da ignorância mais plena
que é o grande medo de fazer silêncio
e de assim criar justiça.