Não quero que a semana comece
o dia ensolarado não me desce,
o peso do mundo em meus ombros é pouco,
não tenho mais saco pro corpo
nem a alma dos outros...
Pra mim, chega de gente,
eu detesto quem sente,
detesto quem chora e quem ri,
quem diz que é sempre feliz,
quem não lembra que a vida
é curta demais.
O mundo já deve acabar,
por previsões na bíblia
ou guerra nuclear...
Eu não sei nada além disso,
vamos pelo clima ou vaidades dos ricos,
eu não espero mais nada até lá,
só quero ver de cima,
se um disco voador puder vir me buscar.
Pra mim, já chega de gente,
eu detesto quem sente,
quem fala ou se cala demais...
Quem é chato e não sabe,
quem não lembra da gente,
quem só chora ou só ri,
e ainda gosta de mim...
Pra mim, já chega de gente,
eu já não luto essa frente,
me considero um rapaz que vive das inconsequências,
que segue a tragédia dos astros e que nada sente.
Eu sou a noite escura,
a madrugada,
sem medo da barra quebrar,
que o sol não é de nada.
Eu sou a mata escura,
o amor desenganado,
sem medo de anhangá,
meu passo é sempre atirado...
Pra mim, já chega de gente,
eu tô cansado demais,
cansado assim, de quem gosta de mim,
ou quem não vale nada,
cansado demais, de quem amo
ou quem fica pra trás...
Pra mim... chega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário