Bob me fez Vasco, assim como Romário,
e eu nem vi aquele tão falado time de 74,
não sei o rosto do Luis Carlos,
não sei qual é a perna boa do Zanata...
Mas Bob foi como um personagem de cinema,
um herói de gibi. Meu pai, meu tio,
todo mundo aqui em casa guarda com carinho,
sempre escutei sobre as lendárias narrações
das vozes que eu não ouvi no rádio,
dos gols que eu nunca vi no estádio.
A volta contra o Corinthians,
os balaços infindáveis,
a placa incontestável
do moço que morava em caxias.
Bob Dinamite,
sem capa de super-herói,
mas com faixa e cruz de malta,
com o 10 estampado nas costas,
e o êxtase do gol um super-poder especial.
Poder que me fez também super herói,
mesmo sem vê-lo dentro das linhas,
mesmo sem ter presenciado,
mesmo sendo tudo apenas passado...
Sou Vasco.
Porque a emoção dos olhos de quem amo
quando diz das coisas que amaram,
me basta.
E Bob foi Vasco,
é Vasco ainda e sempre será,
parte inseparável da história
do Vasco.
E da minha, do meu pai,
do meu avô,
dos meus filhos.
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