quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Vizinha

Toda noite de sexta-feira
por volta das oito e meia
eu te encontro sem querer, sempre querendo...

Pra ganhar o seu sorriso, ver você andar sem pressa,
ajeitando o cabelo, me olhando de lado, falando meio dispersa...

Ela passa por aqui quase todos os dias,
trocamos olhares e alguns bons dias,
falamos pelos gestos, pelo corpo,
os olhos correm de cima a baixo o tempo todo
e as vezes me falta até o ar,
mas tudo tem graça, até o décimo oitavo andar...

E eu sorrio bem mais
nos dias que a encontro no caminho.

E digo, não minto... já saí, já subi e desci,
só pra ver se podia por acaso, o acaso conspirar.

Eu fico bolando planos, pensando no que dizer,
mas na hora eu perco o foco, eu só consigo olhar você...
disfarçadamente e em mente só maldando os seus suspiros,
perdendo os olhos nos seus ombros, fazendo tipo.

Quase todo dia já não evito eu só penso nela,
com aquele jeitinho de menina, de garota quente, esperta...

E é tão bom saber, que ela dorme e acorda tão perto,
que tudo pode dar...
que tudo pode dar certo.

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