Ando ausente de mim, dos meus lados escuros,
dos meus cantos sozinhos,
das minhas noites em claro.
Vivo estranho, poupo os pulsos,
penso menos, não sei se morro
ou se vivo por dentro,
só sei que é pouco
o que sinto aqui dentro.
Prefiro comedidamente o antes,
preciso de menos do agora,
quero de novo exigir candura
e poder cantar sozinho para o nascer do sol,
Quero a cidade minha e de mais ninguém,
não quero dividir,
quero ser inteirinho,
quero estar sozinho pra enfrentar o mundo.
Só, somente um, somente eu,
me esguiando para atravessar a cidade fenecida de sonâmbulos,
e pular das pontes altas
tendo em mim os sentimentos mais estranhos;
Quero morrer por dentro,
quero querer outros milênios,
e chorar, e chorar, e chorar de desespero...
Quero tudo de volta,
e nada comedidamente,
quero meu sofrimento,
minha melancolia,
quero minha tristeza,
e a dor da sabedoria.
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