Às vezes penso em como fugimos de nós,
penso no quanto vivemos assim,
sem sentir, sem dizer,
sem viver como queríamos...
Nas esquinas do nosso lugar,
deixamos ao acaso o nosso amor,
deixamos que o acaso nos desse qualquer coisa,
até não termos o que dizer
e não termos o que contar,
esquecemos de nós dois,
até mesmo no nosso lugar...
Nós viramos histórias,
ficamos para trás,
nas areias, no vento, no mar,
nas areias, no vento, no mar...
Ficamos na alma do nosso lugar,
nas esquinas do nosso lugar,
nos bares, nas quinas,
nas piscinas dos prédios mais altos,
nos cantos e avenidas, nos becos sem saída,
nós ficamos pra sempre,
nós ficamos pra trás...
Mas por acaso, de repente,
quem sabe nos vemos no nosso lugar,
por acaso, de repente,
nosso amor se acende no nosso lugar,
e aí por acaso, de repente,
resolvemos não deixar tudo acabar.
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