Corro do tempo que devora meus bruxos,
morro de medo da vida que vem,
detesto o mundo lá fora,
a vida por hora não faz mais meu tipo.
Preciso saber de algo que me alimente,
preciso ter gente que me faça bem,
não posso estar tão sozinho aqui dentro,
eu quase não sinto,
eu quase não sinto...
Corro pra ver se algo quente me cerca,
o frio me acerta,
o que é frio me acerta.
Vivo essa coisa tão rasa,
vivo querendo razões,
preciso de algo que me convença,
algo que me aconteça de bom ou ruim.
Corro e só vejo saudades distantes,
que não são minhas
e nem sei de quem são...
Vivo essa coisa que nem me interessa,
e o que me atravessa
são más intenções.
Corro do tempo e das palavras,
as coisas sensatas não me convém,
eu vivo e só vivo e revivo minhas peças
quase todas mortas e cheias de dor,
tudo que é distante e que foi mais triste
parece melhor e ser cheio de cor.
Amei!
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