A senilidade me salva,
desisto de ter que entender,
preciso sorrir como um louco
e sair nesse sol para sobreviver.
Tem dias que são noite
e noites que parecem anos,
às vezes eu me pergunto
onde tudo fugiu dos meus planos...
O Rio é mais selva que nunca,
a cidade flui caoticamente em contramão,
mas a senilidade me salva
e eu finjo que tudo ainda é tão bom.
Porque tem anos que são terríveis
e décadas que nos cansam,
às vezes eu me pergunto
como é que os humanos não dançam...
Mas a senilidade me salva,
já que eu nunca vou entender,
preciso ter sorte
e seguir desatento
para não desistir de viver.
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