sábado, 29 de fevereiro de 2020

O cheiro de ipanema

Do tempo feliz e ensolarado,
só existem memórias curtas,
mesmo que faça sol agora,
hoje, amanhã e depois...

Das coisas boas que guardo comigo,
coisas tão lindas que nem conto pra ninguém,
guardo como esse sentimento egoísta,
seguro e não solto, eu nunca divido.

Essas coisas moram aqui,
nos meus olhos,
sem padecer de agruras novas.

Vivem esperando um tempo igual pra se rebelar,
esperando novo sol,
desejando verão de vontades e encantos,
descobertas, novas coisas sempre lindas.

Daquele tempo, eu lembro sempre dos sorrisos,
das areias, das meninas coloridas,
do desatino irreparável e à toa,
da inocência e das delícias;
os detalhes...

E ipanema, claro,
sempre;
o cheiro de ipanema nas minhas roupas;
e nas suas.

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