Das horas de solidão que ainda tenho
eu tiro os motivos pra seguir, insistir e viver,
enfrentar o mundo torto das altas horas,
precisando ainda de um horizonte pra esquecer...
Não lembrar que tudo que existe aqui a essa hora,
são mil versões de mim que brigam e choram,
querendo ainda outras versões
desse novo mundo de agora.
Sou louco e cada vez mais triste e perigoso,
andando como um sentinela,
marchando contra um desejo estranho
e quase irremediável de morrer.
Porque tudo que existe aqui a essa hora,
são os meus medos todos revoando,
batendo as asas barulhentas,
pregando ruidosas baixarias.
Sou loco e cada vez mais mal e intempestivo,
vagando como um trovador,
procurando tristezas e delícias,
querendo de certo apenas destruí-las;
sem motivo aparente,
e nem dor.
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