Quando é dezembro eu me despetalo,
tenho o ano todo, mas não me preparo,
eu sofro muito, eu me embaraço,
eu não sei de mais nada quando você chega aqui.
As pedras se desfazem,
esquinas ganham vida,
as coisas bestas da cidade
viram antigas feridas...
E eu não sei de nada,
eu não sei de nada mais.
Dezembros me enchem o espírito,
vivo cheio de intenção,
eu minto pras crianças,
eu minto pros meus irmãos.
É preciso ser feliz,
e seguir atento e triste,
E é preciso ter cuidado
pra mais tarde não sofrer...
Porque quando é dezembro
eu me despetalo,
eu sei que é fatal,
mas eu não me preparo...
É meu espetáculo,
o meu e de mais ninguém,
porque eu não sei de nada,
e também... já nem quero saber.
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