Desagua o mundo e eu nem to aí,
nem nos lugares que devia estar,
por muito menos mil reis caíram,
por muito mais vi amor perdurar...
Eu ato os nós bem fortemente,
eu uso a língua pra me acalentar,
são noites longas dentro de mim,
muitos lugares pra não ir jamais.
Não me sinto em lado nenhum,
pertenço ao nada,
ninguém me refaz...
Os meus pedaços são coisas velhas,
coisas que nunca me deixam em paz,
são vidas mansas,
saudades tortas,
esquinas de um passado vulgar.
Então eu ato os nós bem fortemente,
e uso a língua pra me defender,
são noites longas pra sair de mim,
um mal lugar para se frequentar.
Eu não sou de lado nenhum,
pertenço ao nada
e então deixo estar...
Por muito menos vi reis caírem
e por bem mais vi o amor ser razão de viver
e sonhar, de ser livre,
e ser feliz.
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