A força da palavra, é nula,
o vasto vocábulo, o passado.
Coleciono agora o desagrado e a tensão,
não sirvo mais pra isso,
é o que parece,
é o que vivo.
Dissolvo o ansiolítico,
procuro a rima e desisto rápido,
fui um ser esfíngico,
mas hoje sigo pelo mínimo.
O ano passa, os meses voam,
o sangue corre nas minhas veias,
dezembro é sempre mais difícil,
será pra sempre mais difícil.
Escrevo muito e nada falo,
é essa amargura mascarada,
é essa vontade torturante
de não estar sozinho aqui.
Escrevo como terapia,
como cura pro pesar,
e com um medo insensato
de um futuro mais feliz.
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