Toda vez que te encontro,
por querer ou por engano,
eu acordo de um sono de anos.
Eu me sinto tão certo,
narciso completo,
um novo alguém que é todo feito de você,
do amor, da dor, dos sonhos que tivemos,
e que ainda temos...
De todos os seus quereres,
da brisa dos nossos lugares,
da maresia da tua janela.
E como qualquer hippie,
como um tropicalista,
por um momento eu vejo beleza em tudo,
eu vejo em você outros mundos,
tantas cores, tantos tons,
eu alucino nos teus passos uma porção de notas salteadas,
teu caminhar é melodia pros meus ouvidos,
um banquete pros meus olhos...
E nesses dias quentes de dezembro,
nas chuvas de verão,
dessas que pegam a gente pelo braço de surpresa,
dessas que caindo bem morna,
molha e a gente nem se importa...
É quando eu quero mais de você,
da tua presença,
dos teus olhinhos verde-azuis,
dos teus descontroles,
tuas histórias, teus amores...
É quando eu quero ainda mais de você,
da tua parte doce e amorosa,
dos teus shows, teus escândalos,
do ciúme, do sorriso, do perfume...
É, é bem quando a chuva vem,
é quase combinado,
mas é só quando é chuva de verão,
dessas que caem bem mornas do céu,
que quando molha a gente não se esconde,
não abre o guarda-chuva,
não se importa...
Daquelas que são como o amor.
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