No céu azul
não há mais nada pra se ver,
não há você pra mim,
não há você mais pra eu me perder.
As nuvens tomam o cristo redentor,
mas não estão baixas
pra acenderem a noite como um refletor.
E eu deitado no tapete do corredor,
me esqueci quem sou,
eu fiquei em você,
eu deixei minha alma contigo.
E eu debruçado nesse parapeito,
tentando jogar n'outro canto esse desfecho,
vou tentando deixar pra lá,
tentando esquecer qualquer coisa
que te faça voltar a respirar.
Mas pra te esquecer,
eu preciso me deixar pra trás.
Pra te esquecer,
eu preciso sangrar bem mais,
muito mais...
Pra te esquecer,
eu não posso continuar a viver assim...
Pra te esquecer,
eu preciso pular daqui.
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