terça-feira, 24 de setembro de 2019

Cheiro de veneno

Do sofá com cheiro de veneno,
hoje tenho pouco
ou quase nada pra falar.

Mas ainda lembro como fosse hoje,
do teu jeito de me entorpecer,
e gritar aos sete ventos
qualquer coisa que viesse assim,
como uma loucura,
um desaforo de momento.

Das cadeiras boas de dormir,
e do cinzeirinho de cobre,
do tempo longo de tanto faz
se já são três da tarde ou onze.

Nada por mim, tudo pra depois,
o tempo não é nada mais
que uma luz no horizonte.

Nada por mim, tudo pra depois,
o tempo não é nada mais
que uma luz que morre
ou nasce no horizonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário