Desencanto repentino,
já é tarde,
eu vou contigo...
Mas não é sobre isso,
é só o ar...
Que de tão leve desmaia,
que como Deus dono das praias,
senhor das esferas... como é bom.
Dá pra mim que eu pego e acudo,
toda gente, todo o mundo,
choro se for pra te ver feliz.
Porque quando nada, quero tudo,
que por nada, eu mergulho,
canto até a fita acabar...
Digo coisas absurdas,
barbarizo teses lindas,
sei que é bobo e eu gosto muito,
o provinciano é que é absurdo,
não tô aqui pra te capturar.
Sou desencanto repentino,
pá e bola, desatino,
rio, choro,
faço como nunca ninguém fez.
Dá pra mim que eu rolo e chuto,
tudo é lindo, tudo é super,
por de trás das lentes
do meus antigos ray-bans.
Desencanto, não quero o mundo,
quero forma e conteúdo,
gente que o olho brilha
sem ter de falar...
Que de tão leve assim me atraia,
como Deus dono das praias,
senhor das esferas... como é bom.
Eu te agradeço,
e dou adeus...
Não entenda mal,
só que já deu...
É que quando passa o efeito
eu sou ateu.
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