sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dias e noites

Ainda passo noites em claro
e dias sonhando no escuro

Levitando no chão do quarto
me sentindo um cientista louco
misturando os seus desastres aos meus...

Perdendo você pro tempo
deixando escapar lembranças e bons momentos...

Alguns salvos pela magia da rotina
imã pro alquimista de palavras fáceis
de verdades inconstantes, sempre conversáveis.

Ainda passo noites em claro
e dias deitado no chão do quarto

Disputando ar com a combustão
tendo presas as vontades mais intratáveis
no meu corpo de dois mil cavalos calados

Onde a verve que me traz teus olhos, quase sempre reluz de um sonho
com as mesmas formas, os mesmos encantos, sem fantasia, ao natural...

Todo o conjunto, o passo firme mesmo trocando pernas
os poderes, o teu dom divino de me acalmar ainda que distante...

Faz de mim de novo aquele rapaz de sempre
que ultimamente, anda apagado, anda descrente.

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