Não sei se você me entende,
se algum dia vai poder me perdoar,
mas de adianto eu já insisto,
acredito nesse futuro onde você aceita os meus erros.
Benzinho, veja bem que não é por mal,
é só que, eu não sei viver
como você aprendeu com os seus pais.
Eu tenho medo, muito medo,
medo de acabar vazio
como todas essas outras pessoas.
Eu não sei viver sem ter brilho nos olhos,
e honestamente eu já nem sei
se o que faço é certo ou errado,
não sei nem se faço qualquer coisa,
se devo fazer diferente...
Essas cismas,
isso tudo me tira tanto da vida,
tanto, tanto amor...
que benzinho, eu já nem sei,
nem sei do que sou feito...
Se de carne, osso
e sonhos...
De palavras e fugas,
de delírios, de noites
e precoces rugas.
Eu já não sei de nada,
me sinto feito de mentiras...
De juras e promessas,
de muitas, muitas brigas,
e outras lindas inquietas
bem como você...
como você costumava ser.
É que benzinho, eu não sou homem,
já me sinto como um rato...
E se sou qualquer coisa de verdade,
se tem alguma veracidade em mim,
qualquer coisa que eu não nego
além da alma...
É que eu sou medo,
eu sou o próprio,
exposto as vistas,
encarnado...
Eu sou
medo de amar.
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