terça-feira, 30 de setembro de 2014
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Seu vazio
Ainda é cedo,
agora são quatro e um pouco além de nós.
Mas não tem nós,
tem sim um ser sozinho,
só um ser sozinho, só,
tão só...
Tão só e tão somente um
que nada sente além do próprio vazio,
da necessidade que sente
de ser qualquer coisa diferente
do que é essa sua existência
de ser só e tão somente um.
Do que perdeu, lamenta,
vive e repete pra si as interrogações,
anestesias de um ser só... pra si...
pra se guardar.
Ora, aonde você se meteu amor,
onde se meteu o que foi o nosso amor,
aquilo que nos tornou capazes
de não sermos mais tão sós,
tão sós... e tão somente
pertencentes de nós mesmos.
Já não somos mais tão jovens,
não somos mais tão egoístas,
já nos perdemos por outros lados,
vivemos tanta coisa,
sabemos de longe entender um engano.
Mas ainda é cedo amor,
cedo pra você ir embora,
pra me jogar no canto
da prateleira dos desencontros.
Ah, um dia desses te vi de longe
num bar vazio pela manhã em copacabana,
e esse foi o motivo perfeito
pra chorar por mais umas semanas...
Bem como quando você sumiu
e só deu notícias chegando em barcelona,
nem me lembro o que foi que eu fiz,
entrei num transe até você voltar;
talvez me tire uns anos de vida
aquele tempo fora do ar.
E até hoje me pego brigando com postes na avenida atlântica,
ouvido sermões da minha própria sombra,
vivendo com medo do som dos meus passos,
jogado no chão do chuveiro de casa...
soluçando verdades confusas, chorando por vício,
vomitando minha alma, sendo um imenso vazio...
Mas ainda assim
um vazio menos só
do que o meu velho eu vazio.
Um vazio melhor,
trôpego, estilhaçado e sofrido,
que apesar de castigado,
me torna assim resignado,
nesse eu-lírico bem apessoado...
É um vazio sim,
mas é um que tem
qualquer coisa de celeste,
de divino...
Um vazio intenso
que me aparece a galope,
acima do bem e do mal...
Um vazio saturnal
todo cheio de você.
agora são quatro e um pouco além de nós.
Mas não tem nós,
tem sim um ser sozinho,
só um ser sozinho, só,
tão só...
Tão só e tão somente um
que nada sente além do próprio vazio,
da necessidade que sente
de ser qualquer coisa diferente
do que é essa sua existência
de ser só e tão somente um.
Do que perdeu, lamenta,
vive e repete pra si as interrogações,
anestesias de um ser só... pra si...
pra se guardar.
Ora, aonde você se meteu amor,
onde se meteu o que foi o nosso amor,
aquilo que nos tornou capazes
de não sermos mais tão sós,
tão sós... e tão somente
pertencentes de nós mesmos.
Já não somos mais tão jovens,
não somos mais tão egoístas,
já nos perdemos por outros lados,
vivemos tanta coisa,
sabemos de longe entender um engano.
Mas ainda é cedo amor,
cedo pra você ir embora,
pra me jogar no canto
da prateleira dos desencontros.
Ah, um dia desses te vi de longe
num bar vazio pela manhã em copacabana,
e esse foi o motivo perfeito
pra chorar por mais umas semanas...
Bem como quando você sumiu
e só deu notícias chegando em barcelona,
nem me lembro o que foi que eu fiz,
entrei num transe até você voltar;
talvez me tire uns anos de vida
aquele tempo fora do ar.
E até hoje me pego brigando com postes na avenida atlântica,
ouvido sermões da minha própria sombra,
vivendo com medo do som dos meus passos,
jogado no chão do chuveiro de casa...
soluçando verdades confusas, chorando por vício,
vomitando minha alma, sendo um imenso vazio...
Mas ainda assim
um vazio menos só
do que o meu velho eu vazio.
Um vazio melhor,
trôpego, estilhaçado e sofrido,
que apesar de castigado,
me torna assim resignado,
nesse eu-lírico bem apessoado...
É um vazio sim,
mas é um que tem
qualquer coisa de celeste,
de divino...
Um vazio intenso
que me aparece a galope,
acima do bem e do mal...
Um vazio saturnal
todo cheio de você.
sábado, 27 de setembro de 2014
Dor e sonhos
Vivo com medo desse céu azul,
meço meu tempo
em palmeiras por hora,
descendo o jardim de madrugada,
me convencendo
de que você não entende nada...
Quando amanhece
eu inteiro escureço,
eu continuo triste,
eu continuo o espelho do mundo.
E já nem espero
que você
ou qualquer outra me entenda...
Hoje eu somente penso
que não há nada pra mudar
e que não entendo nada também.
Comigo mesmo
cantarolo meditação,
mania antiga
que eu não perdi por distração...
Vou deslizando por sobre os lugares,
redescobrindo paixão pelos astros,
contando estrelas,
me encontrando
nesse infinito negro espaço.
Vivo me embalando na escuridão,
trocando dias e dias
por uma noite qualquer.
Eu continuo o mesmo,
menina!
O mesmo triste perdedor,
o mesmo cara estranho
tomado por queixumes,
rodeado de costumes...
De dor
e sonhos de futuro bom...
De dor e sonhos.
meço meu tempo
em palmeiras por hora,
descendo o jardim de madrugada,
me convencendo
de que você não entende nada...
Quando amanhece
eu inteiro escureço,
eu continuo triste,
eu continuo o espelho do mundo.
E já nem espero
que você
ou qualquer outra me entenda...
Hoje eu somente penso
que não há nada pra mudar
e que não entendo nada também.
Comigo mesmo
cantarolo meditação,
mania antiga
que eu não perdi por distração...
Vou deslizando por sobre os lugares,
redescobrindo paixão pelos astros,
contando estrelas,
me encontrando
nesse infinito negro espaço.
Vivo me embalando na escuridão,
trocando dias e dias
por uma noite qualquer.
Eu continuo o mesmo,
menina!
O mesmo triste perdedor,
o mesmo cara estranho
tomado por queixumes,
rodeado de costumes...
De dor
e sonhos de futuro bom...
De dor e sonhos.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Muito fácil
No verão do rio
o lugar mais frio
é o meu coração...
Vivo acampado
nessa falta de amor,
vivo mesmo apartado da vida
pelo seu estranho jeito...
Desamor.
Fervo na cidade,
engano minha tristeza,
nego tudo até que tudo seja verdade,
nego tudo até que você esteja...
De volta na cidade.
Rio de janeiro,
prisão de caos e amor.
Céu azul,
zona sul,
e um mar que não acaba mais,
mas... não se entende nada aqui.
Não, não te nego amor,
o amor
que sempre tive pra lhe dar.
E se me faço de maluco,
não, eu não me faço de difícil.
Porque sou fácil,
muito fácil...
Pra você...
Sou fácil,
muito fácil...
Só pra você.
o lugar mais frio
é o meu coração...
Vivo acampado
nessa falta de amor,
vivo mesmo apartado da vida
pelo seu estranho jeito...
Desamor.
Fervo na cidade,
engano minha tristeza,
nego tudo até que tudo seja verdade,
nego tudo até que você esteja...
De volta na cidade.
Rio de janeiro,
prisão de caos e amor.
Céu azul,
zona sul,
e um mar que não acaba mais,
mas... não se entende nada aqui.
Não, não te nego amor,
o amor
que sempre tive pra lhe dar.
E se me faço de maluco,
não, eu não me faço de difícil.
Porque sou fácil,
muito fácil...
Pra você...
Sou fácil,
muito fácil...
Só pra você.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Azuis esverdeados
Ela anda por aí
pisando com o salto nos corações,
destruindo sonhos e verdades,
desconstruindo felicidades...
Ela ganha o mundo com os olhos,
deturpa os sentimentos,
sem saber do mal que faz ou que fez,
segue inabalável, inteirinha por aí,
com o corpinho hermético
sem pensar muito pra onde ir...
Figura no cartão postal
todo dia de viver,
pra marcar presença,
bater ponto no amanhecer,
fugindo do que sobrou da noite,
do que sobrou e não se quer ver...
Segue à francesa pelas areias
beirando a água gelada do inverno,
com a vista nas vistas,
o barulho das pistas,
e um céu azul de tirar o chão...
Azul de dar susto,
de fazer tudo girar,
azul de poucas nuvens,
só pros anjos poderem descansar...
Ela anda por aí,
num passo incauto, sem perdão,
sapateando firme
em amor eterno ou em paixão...
Porque o mundo é dela
já nos olhos,
nos azuis esverdeados
que Deus a deu pra vir pra cá.
pisando com o salto nos corações,
destruindo sonhos e verdades,
desconstruindo felicidades...
Ela ganha o mundo com os olhos,
deturpa os sentimentos,
sem saber do mal que faz ou que fez,
segue inabalável, inteirinha por aí,
com o corpinho hermético
sem pensar muito pra onde ir...
Figura no cartão postal
todo dia de viver,
pra marcar presença,
bater ponto no amanhecer,
fugindo do que sobrou da noite,
do que sobrou e não se quer ver...
Segue à francesa pelas areias
beirando a água gelada do inverno,
com a vista nas vistas,
o barulho das pistas,
e um céu azul de tirar o chão...
Azul de dar susto,
de fazer tudo girar,
azul de poucas nuvens,
só pros anjos poderem descansar...
Ela anda por aí,
num passo incauto, sem perdão,
sapateando firme
em amor eterno ou em paixão...
Porque o mundo é dela
já nos olhos,
nos azuis esverdeados
que Deus a deu pra vir pra cá.
terça-feira, 16 de setembro de 2014
domingo, 14 de setembro de 2014
Desmemoriado
Há algo errado comigo
eu me esqueci de você,
não pode mesmo ser normal
mais um domingo sem te ver.
Faz tempo desde que você voltou
e as novidades eu nem quis saber,
talvez te ligue quando der saudade,
mas de verdade eu acho que
alguma coisa mudou aqui...
Será o vento desse fim de tarde
que me pegou pelos braços, perdido?
Será essa perturbação das manhãs
quando eu chego em casa sozinho?
Já não entendo muitas coisas,
tudo me passa tão despercebido,
e eu vivo de pernas pro ar
nesse culto absurdo ao meu eu distraído.
Parece que vivo tão longe,
vejo tudo assim de cima, sonhador,
não sei mais quando estou acordado
ou quando estou só desligado da dor.
Será esse meio dia tão perto
que me agarra pelas canelas?
Será o efeito colateral de um sintético
esse meu novo eu amnésico?
Ando mesmo em outro mundo,
em outro quando, um plano qualquer,
onde não sei de nada
e vivo sem porque algum...
Ando mesmo desmemoriado,
ando desalinhado,
desatado a um choro repentino e incomum.
Será essa falta de cuidado
que me pôs tão longe de você?
Será o futuro chegando
todo mundo olhando
e eu ainda sem ver...
Já não entendo muitas coisas
parece que vivo tão longe...
será esse meio dia tão perto
ou só o efeito colateral de um sintético?
Eu ando mesmo em outro mundo,
ando desmemoriado...
será essa falta de cuidado
que me põe tão longe de você?
eu me esqueci de você,
não pode mesmo ser normal
mais um domingo sem te ver.
Faz tempo desde que você voltou
e as novidades eu nem quis saber,
talvez te ligue quando der saudade,
mas de verdade eu acho que
alguma coisa mudou aqui...
Será o vento desse fim de tarde
que me pegou pelos braços, perdido?
Será essa perturbação das manhãs
quando eu chego em casa sozinho?
Já não entendo muitas coisas,
tudo me passa tão despercebido,
e eu vivo de pernas pro ar
nesse culto absurdo ao meu eu distraído.
Parece que vivo tão longe,
vejo tudo assim de cima, sonhador,
não sei mais quando estou acordado
ou quando estou só desligado da dor.
Será esse meio dia tão perto
que me agarra pelas canelas?
Será o efeito colateral de um sintético
esse meu novo eu amnésico?
Ando mesmo em outro mundo,
em outro quando, um plano qualquer,
onde não sei de nada
e vivo sem porque algum...
Ando mesmo desmemoriado,
ando desalinhado,
desatado a um choro repentino e incomum.
Será essa falta de cuidado
que me pôs tão longe de você?
Será o futuro chegando
todo mundo olhando
e eu ainda sem ver...
Já não entendo muitas coisas
parece que vivo tão longe...
será esse meio dia tão perto
ou só o efeito colateral de um sintético?
Eu ando mesmo em outro mundo,
ando desmemoriado...
será essa falta de cuidado
que me põe tão longe de você?
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Profanador
De certo risonho
profanador de corações,
desavergonhado colecionador
de deslizes, distrações.
Caminhante leve de passos sortidos,
seccionando,
marcando com os olhos todos os desvios.
Destemido, pra sempre menino,
descomunalmente provido
de talento, dom divino,
pras inutilezas, sutilezas,
as delícias do caminho...
Inimaginável,
despretensioso protagonista de lugar nenhum,
muy afortunado, gaiato, atirado,
sorriso rasgado, coringa,
inadvertidamente levado
pelos improvisos dessa vida.
Narciso ferido no eco
de suas repetidas conjecturações,
incompreendido, perdido em seu próprio ser,
rendido bem quando havia de se reerguer.
Profanador de corações,
por prazer, facilidade,
por verdades que só Deus entenderia.
Profanador de corações,
descrente do amor
pela dor que traz consigo.
profanador de corações,
desavergonhado colecionador
de deslizes, distrações.
Caminhante leve de passos sortidos,
seccionando,
marcando com os olhos todos os desvios.
Destemido, pra sempre menino,
descomunalmente provido
de talento, dom divino,
pras inutilezas, sutilezas,
as delícias do caminho...
Inimaginável,
despretensioso protagonista de lugar nenhum,
muy afortunado, gaiato, atirado,
sorriso rasgado, coringa,
inadvertidamente levado
pelos improvisos dessa vida.
Narciso ferido no eco
de suas repetidas conjecturações,
incompreendido, perdido em seu próprio ser,
rendido bem quando havia de se reerguer.
Profanador de corações,
por prazer, facilidade,
por verdades que só Deus entenderia.
Profanador de corações,
descrente do amor
pela dor que traz consigo.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Blue note
Bem sinto que ela vai me trocar
e nem parece que demora,
já perdeu toda vergonha
e já não finge quase nada.
Ela vai arrumar alguém
com um nome mais charmoso e composto,
alguém que se ajeite melhor ao seu gosto,
com um sobrenome forte, latino,
e a barba bem feita como eu nunca tive.
Vai arrumar alguém mais feliz,
que vai querer o mundo como eu nunca quis,
que goste de cinema só pra variar,
que não ame Carvana mais do que Godard
e prefira Woody Allen a Humphrey Bogart.
Vai arrumar alguém que lhe ame
bem menos do que certamente eu amei,
que não vai a ver ao piano
e se derreter como só eu sei.
Alguém que não conhece Take five,
que nunca ouviu falar em Blue note,
que não a ama mais com Bill Evans,
Coltrane, Getz, Davis,
Bird e Chet Baker...
Bem sinto que ela vai me trocar
e nem parece que demora,
já perdeu toda vergonha
já não finge quase nada...
Ela vai arrumar alguém
que vai mentir melhor do que eu,
e vai voltar só pra me dizer
que eu nunca fui o tal.
e nem parece que demora,
já perdeu toda vergonha
e já não finge quase nada.
Ela vai arrumar alguém
com um nome mais charmoso e composto,
alguém que se ajeite melhor ao seu gosto,
com um sobrenome forte, latino,
e a barba bem feita como eu nunca tive.
Vai arrumar alguém mais feliz,
que vai querer o mundo como eu nunca quis,
que goste de cinema só pra variar,
que não ame Carvana mais do que Godard
e prefira Woody Allen a Humphrey Bogart.
Vai arrumar alguém que lhe ame
bem menos do que certamente eu amei,
que não vai a ver ao piano
e se derreter como só eu sei.
Alguém que não conhece Take five,
que nunca ouviu falar em Blue note,
que não a ama mais com Bill Evans,
Coltrane, Getz, Davis,
Bird e Chet Baker...
Bem sinto que ela vai me trocar
e nem parece que demora,
já perdeu toda vergonha
já não finge quase nada...
Ela vai arrumar alguém
que vai mentir melhor do que eu,
e vai voltar só pra me dizer
que eu nunca fui o tal.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Samba do amor estranho
Ele demora muito,
ela não aguenta mais.
Ele fala de amor,
ela de futebol.
Ela gosta do Zico
flamenguista de família,
ele é botafoguense,
só viu Túlio Maravilha.
Ela toda saidinha,
loira da noite, puro ecstasy
ele sombra e água de coco,
qualquer canto, Waikiki...
E eles passam juntos
todo dia de viver
provando que o amor
só se dá pra quem se deu.
Ele jura amor a toda hora,
ela vive pra escutar.
Ele é feito de dúvidas,
ela só escolhe sem pensar.
Ela pensa em ter família
mas não conta pra ninguém,
ele louco por criança
pensa em ter filhos também.
Ela só chora no escuro,
desabafa no espelho,
ele chora por besteira
e fala sozinho o tempo inteiro.
Por isso passam juntos
todo dia de viver,
completando-se em cada espaço
não acredita quem não vê...
São metades da laranja
almas que não se separam mais,
filhos do acaso,
do destino, dos sinais...
de que a vida é muito boa, sim,
e se doa pra quem quer ser,
escravo da alegria,
chegado do alvorecer...
Ele escutou esse samba
e guardou pra decorar,
ela desligou o rádio
não quis ouvir pra não grudar.
ela não aguenta mais.
Ele fala de amor,
ela de futebol.
Ela gosta do Zico
flamenguista de família,
ele é botafoguense,
só viu Túlio Maravilha.
Ela toda saidinha,
loira da noite, puro ecstasy
ele sombra e água de coco,
qualquer canto, Waikiki...
E eles passam juntos
todo dia de viver
provando que o amor
só se dá pra quem se deu.
Ele jura amor a toda hora,
ela vive pra escutar.
Ele é feito de dúvidas,
ela só escolhe sem pensar.
Ela pensa em ter família
mas não conta pra ninguém,
ele louco por criança
pensa em ter filhos também.
Ela só chora no escuro,
desabafa no espelho,
ele chora por besteira
e fala sozinho o tempo inteiro.
Por isso passam juntos
todo dia de viver,
completando-se em cada espaço
não acredita quem não vê...
São metades da laranja
almas que não se separam mais,
filhos do acaso,
do destino, dos sinais...
de que a vida é muito boa, sim,
e se doa pra quem quer ser,
escravo da alegria,
chegado do alvorecer...
Ele escutou esse samba
e guardou pra decorar,
ela desligou o rádio
não quis ouvir pra não grudar.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
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