sábado, 27 de setembro de 2014

Dor e sonhos

Vivo com medo desse céu azul,
meço meu tempo
em palmeiras por hora,
descendo o jardim de madrugada,
me convencendo
de que você não entende nada...

Quando amanhece
eu inteiro escureço,
eu continuo triste,
eu continuo o espelho do mundo.

E já nem espero
que você
ou qualquer outra me entenda...

Hoje eu somente penso
que não há nada pra mudar
e que não entendo nada também.

Comigo mesmo
cantarolo meditação,
mania antiga
que eu não perdi por distração...

Vou deslizando por sobre os lugares,
redescobrindo paixão pelos astros,
contando estrelas,
me encontrando
nesse infinito negro espaço.

Vivo me embalando na escuridão,
trocando dias e dias
por uma noite qualquer.

Eu continuo o mesmo,
menina!

O mesmo triste perdedor,
o mesmo cara estranho
tomado por queixumes,
rodeado de costumes...

De dor
e sonhos de futuro bom...

De dor e sonhos.

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