sexta-feira, 31 de julho de 2015
terça-feira, 28 de julho de 2015
Valsa do choro
Você devia ver como ela chora,
porque ela chora bem,
bem como dizia o místico,
bem como é importante em todo amor que se dá,
todo amor que se preze,
todo amor que não vai terminar.
E quando ela chora o mundo reage tão bem,
quando ela chora eu me desfaço,
me encontro de repente um outro alguém.
Porque quando ela chora o mundo reage tão bem,
quando ela chora eu me estilhaço
e me refaço inteirinho, me visto todinho de amor.
Que é pra não vê-la sofrer,
embora ela sofra tão bem,
embora ela chore tão bonito assim.
E é aí que mora o amor, o meu,
não é mesmo na satisfação,
passa longe da felicidade,
o amor não dói por vaidade,
o amor é mistério,
é destino, é penar,
o amor que é leve,
também pode pesar.
Mas quando ela chora,
o mundo se confunde todo pra mim,
e eu não sei mais dizer
o que é bom ou ruim.
Porque ela chora tão bem,
bem como um grande amor chora,
ela chora tão bonito,
que nem parece sofrido chorar.
porque ela chora bem,
bem como dizia o místico,
bem como é importante em todo amor que se dá,
todo amor que se preze,
todo amor que não vai terminar.
E quando ela chora o mundo reage tão bem,
quando ela chora eu me desfaço,
me encontro de repente um outro alguém.
Porque quando ela chora o mundo reage tão bem,
quando ela chora eu me estilhaço
e me refaço inteirinho, me visto todinho de amor.
Que é pra não vê-la sofrer,
embora ela sofra tão bem,
embora ela chore tão bonito assim.
E é aí que mora o amor, o meu,
não é mesmo na satisfação,
passa longe da felicidade,
o amor não dói por vaidade,
o amor é mistério,
é destino, é penar,
o amor que é leve,
também pode pesar.
Mas quando ela chora,
o mundo se confunde todo pra mim,
e eu não sei mais dizer
o que é bom ou ruim.
Porque ela chora tão bem,
bem como um grande amor chora,
ela chora tão bonito,
que nem parece sofrido chorar.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
O lugar mais frio
Da janela vê-se o corcovado
e uma lua tua como eu sempre procurei,
dos meus olhos saem mares,
choro porque choras,
porque prefiro pensar que choras também.
Vê-se o Rio muito bem aqui de cima,
e há tanta mágoa junto a mim
que eu mal vejo o sol sair,
mesmo nesses dias de calor, de verão,
mesmo nesses meses que não existem estações.
Meu peito é o lugar mais frio do Rio,
e eu ainda insisto em sofrer por você,
em perdurar esse amor machucado que você tem pra me dar,
pra infligir a minha alma.
Meu peito é o lugar mais frio do Rio,
é o lugar mais frio onde é possível sentir dor,
o lugar mais frio do lado de cá da linha do equador.
Da janela vê-se o corcovado,
vê-se o mar e um horizonte plano,
é fácil sentir a brisa, a maresia,
e há ainda um cinzeirinho de cobre pra compôr a vista...
Vê-se bem a tristeza do mundo aqui de cima,
desse mundo cansado e repleto de desilusão,
mundo estranho, estancado de nós.
Meu peito é o lugar mais frio do Rio,
e eu ainda insisto, eu ainda insisto,
eu ainda sonho com o seu amor mal cuidado,
com o seu olhar esvaziado,
e com o brilho, o brilho,
o brilho...
Do dia que há lá fora,
da vida que há lá fora,
do mundo triste e cansado,
do rio quente ou frio,
do cristo, do corcovado...
E do seu, do seu.
e uma lua tua como eu sempre procurei,
dos meus olhos saem mares,
choro porque choras,
porque prefiro pensar que choras também.
Vê-se o Rio muito bem aqui de cima,
e há tanta mágoa junto a mim
que eu mal vejo o sol sair,
mesmo nesses dias de calor, de verão,
mesmo nesses meses que não existem estações.
Meu peito é o lugar mais frio do Rio,
e eu ainda insisto em sofrer por você,
em perdurar esse amor machucado que você tem pra me dar,
pra infligir a minha alma.
Meu peito é o lugar mais frio do Rio,
é o lugar mais frio onde é possível sentir dor,
o lugar mais frio do lado de cá da linha do equador.
Da janela vê-se o corcovado,
vê-se o mar e um horizonte plano,
é fácil sentir a brisa, a maresia,
e há ainda um cinzeirinho de cobre pra compôr a vista...
Vê-se bem a tristeza do mundo aqui de cima,
desse mundo cansado e repleto de desilusão,
mundo estranho, estancado de nós.
Meu peito é o lugar mais frio do Rio,
e eu ainda insisto, eu ainda insisto,
eu ainda sonho com o seu amor mal cuidado,
com o seu olhar esvaziado,
e com o brilho, o brilho,
o brilho...
Do dia que há lá fora,
da vida que há lá fora,
do mundo triste e cansado,
do rio quente ou frio,
do cristo, do corcovado...
E do seu, do seu.
domingo, 26 de julho de 2015
Cafoninha toda vida
Já tem muito tempo
que me pego lembrando você,
aquilo tudo que foi nosso,
o nosso amor de se perder...
De quando o Joá era novidade,
e a gente se encontrava sem querer
de manhã no parque lage.
Já tem tantas voltas nos ponteiros,
já dei fim em vários calendários,
e tudo que tenho aqui comigo
ainda tem muito dos nosso passos...
Tem muito tempo que venho juntando
coragem pra te dar um sinal de vida,
quem sabe mostrar qualquer coisa
das tantas que fiz pra você...
Mas sempre que te vejo por aí
feliz, tão resolvida,
eu morro de vergonha
desses versos que são cafoninhas toda vida.
que me pego lembrando você,
aquilo tudo que foi nosso,
o nosso amor de se perder...
De quando o Joá era novidade,
e a gente se encontrava sem querer
de manhã no parque lage.
Já tem tantas voltas nos ponteiros,
já dei fim em vários calendários,
e tudo que tenho aqui comigo
ainda tem muito dos nosso passos...
Tem muito tempo que venho juntando
coragem pra te dar um sinal de vida,
quem sabe mostrar qualquer coisa
das tantas que fiz pra você...
Mas sempre que te vejo por aí
feliz, tão resolvida,
eu morro de vergonha
desses versos que são cafoninhas toda vida.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Não sou ninguém
Já não sou o mesmo
desde que você resolveu ir,
eu não consigo ver beleza
e nem criar do jeito que sempre fiz,
já não aguento mais Vinicius de Moraes,
não consigo parar pra ouvir as canções do amor demais.
Estou apegado ao escuro
que é tão afável a minha falta de luz,
eu já não consigo te ver
quando fecho os meus olhos,
e eu mal acredito que não posso.
As sombras conversam comigo
e agora eu respondo,
eu me lamento aqui, estou entregue,
já não sei o que deve ser daqui pra frente...
esse abandono não me pertence.
Me encontro enterrado em versos sobre a morte,
palavras do Místico,
Baudelaire e de Schmidt,
eu não aguento ouvir canções que não sejam blue's,
eu só consigo ouvir os tangos,
os fados que não possuem luz.
Me encontro agora num baixo sem igual,
fazem dias que vivo rente ao chão,
fazem dias que eu fico aqui, estático,
e sofro feito um cão.
Estou apegado ao escuro
que é o que mais se aproxima do que se tornou o meu coração,
eu já não consigo te ver de jeito nenhum,
e eu mal acredito que não posso,
que não vou mais ter você.
As sombras conversam comigo
e eu não me esquivo mais,
não faz sentido, eu alucino,
não consigo te ver com outro rapaz...
Me encontro enterrado em restos de nós,
nos planos secretos,
nos toques, nos choques,
na vontade de nunca estarmos sós.
E eu já não sou mais o mesmo
desde que você resolveu sumir,
eu não consigo ver beleza
e nem criar como sempre fiz...
Porque eu já não sou o mesmo
e acho que você também,
eu já não sou o mesmo,
sem você, não sou ninguém.
desde que você resolveu ir,
eu não consigo ver beleza
e nem criar do jeito que sempre fiz,
já não aguento mais Vinicius de Moraes,
não consigo parar pra ouvir as canções do amor demais.
Estou apegado ao escuro
que é tão afável a minha falta de luz,
eu já não consigo te ver
quando fecho os meus olhos,
e eu mal acredito que não posso.
As sombras conversam comigo
e agora eu respondo,
eu me lamento aqui, estou entregue,
já não sei o que deve ser daqui pra frente...
esse abandono não me pertence.
Me encontro enterrado em versos sobre a morte,
palavras do Místico,
Baudelaire e de Schmidt,
eu não aguento ouvir canções que não sejam blue's,
eu só consigo ouvir os tangos,
os fados que não possuem luz.
Me encontro agora num baixo sem igual,
fazem dias que vivo rente ao chão,
fazem dias que eu fico aqui, estático,
e sofro feito um cão.
Estou apegado ao escuro
que é o que mais se aproxima do que se tornou o meu coração,
eu já não consigo te ver de jeito nenhum,
e eu mal acredito que não posso,
que não vou mais ter você.
As sombras conversam comigo
e eu não me esquivo mais,
não faz sentido, eu alucino,
não consigo te ver com outro rapaz...
Me encontro enterrado em restos de nós,
nos planos secretos,
nos toques, nos choques,
na vontade de nunca estarmos sós.
E eu já não sou mais o mesmo
desde que você resolveu sumir,
eu não consigo ver beleza
e nem criar como sempre fiz...
Porque eu já não sou o mesmo
e acho que você também,
eu já não sou o mesmo,
sem você, não sou ninguém.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Canibais
O nosso tempo não nos permite legítimo amor,
não ligamos pras rosas,
não temos a Barra,
já não vivemos sem computador...
Perdemos a inocência nos setenta
e as rédeas nos oitenta,
com charrete e condutor,
estamos tão perdidos nessa história
que eu já nem sei se existe mesmo o amor.
Não há polaróides como antes pra sorrir,
e nem há novos discos de Caymmi e Tom Jobim,
não se carregam livros nas mudanças, isso ficou pra trás,
e eles não voam nos arroubos violentos dos casais,
ninguém liga pra poesia mais.
Já não deixamos a vida nos levar
e não assistimos corrida de submarinos na beira do mar,
não há mesmo esperança, nem o bar,
foi-se o tempo da sarjeta
e até o Carvana já foi descansar.
Talvez por isso eu já não te ame mais,
e eu nem sei mesmo se amo meus amigos,
e os meus pais.
Eu juro por tudo quanto é sagrado,
eu ando perdido, desesperado,
porque não entendo,
eu não sei o que aconteceu,
não sei como não percebi,
mas parece que até o amor morreu.
Nós não somos hippies ou punks,
não temos um bom discurso,
vivemos sufocados,
somos cegos, surdos, mudos.
Nós não temos nenhuma boa desculpa,
não somos filhos da puta,
nós tivemos sempre muito carinho e amor.
Nós não somos a geração dourada,
não sonhamos com o hawaii,
e nem teremos a sorte de viver
como os nossos pais...
Não queremos uma surfshop
que só abre ao meio dia,
não queremos nada,
não pensamos em família.
Nós não vamos a igreja,
não almoçamos à mesa,
somos todos solitários e carentes,
somos gente, gente que quer comer gente,
somos uma geração de canibais.
não ligamos pras rosas,
não temos a Barra,
já não vivemos sem computador...
Perdemos a inocência nos setenta
e as rédeas nos oitenta,
com charrete e condutor,
estamos tão perdidos nessa história
que eu já nem sei se existe mesmo o amor.
Não há polaróides como antes pra sorrir,
e nem há novos discos de Caymmi e Tom Jobim,
não se carregam livros nas mudanças, isso ficou pra trás,
e eles não voam nos arroubos violentos dos casais,
ninguém liga pra poesia mais.
Já não deixamos a vida nos levar
e não assistimos corrida de submarinos na beira do mar,
não há mesmo esperança, nem o bar,
foi-se o tempo da sarjeta
e até o Carvana já foi descansar.
Talvez por isso eu já não te ame mais,
e eu nem sei mesmo se amo meus amigos,
e os meus pais.
Eu juro por tudo quanto é sagrado,
eu ando perdido, desesperado,
porque não entendo,
eu não sei o que aconteceu,
não sei como não percebi,
mas parece que até o amor morreu.
Nós não somos hippies ou punks,
não temos um bom discurso,
vivemos sufocados,
somos cegos, surdos, mudos.
Nós não temos nenhuma boa desculpa,
não somos filhos da puta,
nós tivemos sempre muito carinho e amor.
Nós não somos a geração dourada,
não sonhamos com o hawaii,
e nem teremos a sorte de viver
como os nossos pais...
Não queremos uma surfshop
que só abre ao meio dia,
não queremos nada,
não pensamos em família.
Nós não vamos a igreja,
não almoçamos à mesa,
somos todos solitários e carentes,
somos gente, gente que quer comer gente,
somos uma geração de canibais.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
O trabalho que me dá
Se todos dizem que eu não faço nada,
quem sou eu pra contrariar,
já que eu não tenho carteira assinada
e durmo sempre quando o sol começa a brilhar.
Talvez eles tenham razão,
talvez eles saibam mesmo do que dizem,
sobre eu ser assim desocupado,
sobre eu viver de pernas pro alto,
e não ligar, não me importar,
não estar nem aí pra nada,
não levar uma vida regrada...
Mas é que ninguém sabe
o trabalho que me dá,
só falam tanto porque não sabem
o trabalho que me dá,
amar assim,
gostar tanto assim...
Eles não sabem, eles nunca vão entender,
e aposto que só falam tanto
porque não sabem
o trabalho que me dá
amar tanto assim,
gostar tanto assim de você.
quem sou eu pra contrariar,
já que eu não tenho carteira assinada
e durmo sempre quando o sol começa a brilhar.
Talvez eles tenham razão,
talvez eles saibam mesmo do que dizem,
sobre eu ser assim desocupado,
sobre eu viver de pernas pro alto,
e não ligar, não me importar,
não estar nem aí pra nada,
não levar uma vida regrada...
Mas é que ninguém sabe
o trabalho que me dá,
só falam tanto porque não sabem
o trabalho que me dá,
amar assim,
gostar tanto assim...
Eles não sabem, eles nunca vão entender,
e aposto que só falam tanto
porque não sabem
o trabalho que me dá
amar tanto assim,
gostar tanto assim de você.
terça-feira, 7 de julho de 2015
Por pouco
Se hoje eu finjo que não ligo,
é porque penso em você
pelo menos todo domingo.
Aliás, quase sempre eu quase te ligo,
só não ligo porque me mataria de frio
ouvir tua voz indiferente,
eu me sentiria um indigente.
E se hoje eu finjo que não ligo,
é porque me saio bem assim,
é meu close, meu plano americano, meu momento,
me saio bem assim, saindo,
meio à francesa, meio doente,
meio sangrando, meio sofrido,
me saio bem assim fingindo que não ligo.
Já é questão de saúde,
envolve o meu bem estar,
porque se eu lembro de você, por distração,
meu mundo cai, quase me corto,
quase me jogo desse quase vigésimo andar...
E se eu lembro que foi por pouco,
se me lembro que foi quase,
ah, quase não fico no quase,
eu quase me mato de verdade.
é porque penso em você
pelo menos todo domingo.
Aliás, quase sempre eu quase te ligo,
só não ligo porque me mataria de frio
ouvir tua voz indiferente,
eu me sentiria um indigente.
E se hoje eu finjo que não ligo,
é porque me saio bem assim,
é meu close, meu plano americano, meu momento,
me saio bem assim, saindo,
meio à francesa, meio doente,
meio sangrando, meio sofrido,
me saio bem assim fingindo que não ligo.
Já é questão de saúde,
envolve o meu bem estar,
porque se eu lembro de você, por distração,
meu mundo cai, quase me corto,
quase me jogo desse quase vigésimo andar...
E se eu lembro que foi por pouco,
se me lembro que foi quase,
ah, quase não fico no quase,
eu quase me mato de verdade.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
4:44
Bem perto de quatro e quarenta e quatro
ela me ligou...
E disse que não era nada,
que era só a chuva e a madrugada,
que precisava falar,
morria de saudades do Esplanada.
Me jurou que estava bem
e que de triste não tinha mais nada,
que sabia que eu ia atender,
porque aquela era a nossa hora marcada.
Às quatro e quarenta e quatro
como se nada tivesse acontecido,
como se do nada eu pudesse a ver dormindo,
como se o mundo soubesse que nada é mais lindo,
e que a gente se merece,
que a gente só não cede por medo de amar demais,
é só o medo de amar demais.
Bem perto de quatro e quarenta e quatro
eu liguei pra ela...
E disse que não era nada,
que era a bebida, era a cachaça,
e que precisava falar,
morria de saudades até das pirraças.
Ainda jurei que estava bem
e que de triste eu só tinha a cara,
que sabia que ela ia entender,
porque essa era a nossa hora marcada.
Às quatro e quarenta e quatro
como se nada fosse mais importante,
como se do nada do meu peito arfante
só saissem verdades...
Como se o mundo soubesse
que nada é mais lindo do que ela,
que nada é mais lindo do que a gente junto,
e que a gente morre de medo
só do que a gente sente muito...
E a gente nega o que a gente sente,
porque a gente sente tanto,
que a gente morre de medo
do que a gente sente,
de tudo que a gente sente assim, tanto.
ela me ligou...
E disse que não era nada,
que era só a chuva e a madrugada,
que precisava falar,
morria de saudades do Esplanada.
Me jurou que estava bem
e que de triste não tinha mais nada,
que sabia que eu ia atender,
porque aquela era a nossa hora marcada.
Às quatro e quarenta e quatro
como se nada tivesse acontecido,
como se do nada eu pudesse a ver dormindo,
como se o mundo soubesse que nada é mais lindo,
e que a gente se merece,
que a gente só não cede por medo de amar demais,
é só o medo de amar demais.
Bem perto de quatro e quarenta e quatro
eu liguei pra ela...
E disse que não era nada,
que era a bebida, era a cachaça,
e que precisava falar,
morria de saudades até das pirraças.
Ainda jurei que estava bem
e que de triste eu só tinha a cara,
que sabia que ela ia entender,
porque essa era a nossa hora marcada.
Às quatro e quarenta e quatro
como se nada fosse mais importante,
como se do nada do meu peito arfante
só saissem verdades...
Como se o mundo soubesse
que nada é mais lindo do que ela,
que nada é mais lindo do que a gente junto,
e que a gente morre de medo
só do que a gente sente muito...
E a gente nega o que a gente sente,
porque a gente sente tanto,
que a gente morre de medo
do que a gente sente,
de tudo que a gente sente assim, tanto.
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