segunda-feira, 6 de julho de 2015

4:44

Bem perto de quatro e quarenta e quatro
ela me ligou...

E disse que não era nada,
que era só a chuva e a madrugada,
que precisava falar,
morria de saudades do Esplanada.

Me jurou que estava bem
e que de triste não tinha mais nada,
que sabia que eu ia atender,
porque aquela era a nossa hora marcada.

Às quatro e quarenta e quatro
como se nada tivesse acontecido,
como se do nada eu pudesse a ver dormindo,
como se o mundo soubesse que nada é mais lindo,
e que a gente se merece,
que a gente só não cede por medo de amar demais,
é só o medo de amar demais.

Bem perto de quatro e quarenta e quatro
eu liguei pra ela...

E disse que não era nada,
que era a bebida, era a cachaça,
e que precisava falar,
morria de saudades até das pirraças.

Ainda jurei que estava bem
e que de triste eu só tinha a cara,
que sabia que ela ia entender,
porque essa era a nossa hora marcada.

Às quatro e quarenta e quatro
como se nada fosse mais importante,
como se do nada do meu peito arfante
só saissem verdades...

Como se o mundo soubesse
que nada é mais lindo do que ela,
que nada é mais lindo do que a gente junto,
e que a gente morre de medo
só do que a gente sente muito...

E a gente nega o que a gente sente,
porque a gente sente tanto,
que a gente morre de medo
do que a gente sente,
de tudo que a gente sente assim, tanto.

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