Eu hoje acordei
te pedindo pra fazer promessas,
eu levantei sem medo de te dizer
que eu tinha medo.
Foi um aperto no meu peito
que de repente me tomou o ar
e me trouxe uma luz
que revelou outras realidades.
E aí, eu acordei quase sem respirar,
sufocado com a possibilidade da sua ausência,
com a chance ainda que remota de existir
pra sempre por aí sem você, sem te ver...
De permanecer sozinho,
e ficar velhinho,
perambulando pelos cantos, aos pedaços,
te procurando,
recolhendo os meus cacos em mesas de bar,
e forjando qualquer encontro
pra não morrer de tristezas.
Bramindo pelas noites,
por amor,
por apreço ao sofrer,
e a você, a você...
Sem querer saber muito,
porque foi tudo tão sem querer.
Sem querer saber muito,
que é pra parar de sofrer...
E pra ninguém notar
que bem de perto
não fomos quase nada...
Mas pra você,
só pra você.
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