Sinto falta dos poetas todos,
do amor que eu tinha em mim,
sinto falta de toda poesia,
ultimamente ando de alma triste.
Padeço numa solidão que não compreendo,
algo me dói até o espectro,
me rói os ossos, me falta,
são todas aquelas lonjuras de novo.
Não sinto nem os meus medos,
vivo em transe com esse nada,
nada me inspira, nada me revive nem me mata,
ando de alma triste, levo uma vida sufocada.
Não me encontro nos olhos das meninas,
nem nas tardes quentes da cidade,
não vivo amores e nem dores,
não me acabo e nem reajo.
Ando fazendo desse limbo minha casa
e vou vivendo esse "não sinto" até que acabe,
não me choco, já não choro,
esqueci minhas fantasias.
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