Derrotado, debruço-me na história que você deixou,
vago de olhos vazios
pelos nossos lados da cidade.
Cada vez mais depressa, o dia passa,
e a noite fica,
cada vez mais depressivo,
e a vida me parece uma coisa antiga.
E esse cinza, esse preto e branco todo,
a falta de luz, o escuro do mundo,
a música, o fado, a valsa russa...
Lanço-me sem medo nesses sentimentos de refugo,
procuro nas pedras qualquer amor que tive,
vasculho os cantos do meu mundo,
os olhos claros do meu mundo,
as meninas tristes do meu mundo.
Lanço-me sempre nos mesmos apuros,
mas procuro motivos novos
pra usar como adornos antigos,
pra jogar com a vida, viver personagens,
e descobrir n'outras peças...
O tamanho de mim.
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