quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dia após o outro

Do nada a noite fez sentido
retornei ao meu penar, meu viver sofrido
e o silêncio foi rompido pelas notas do poeta
de quem foi sonho e viveu tempos melhores
de quem cantou dias, noites, e flores...

A ausência de luz
o sol do outro lado do mapa
os sons perdidos pela madrugada
se afogando na escuridão

Tudo se transforma, num banquete de sons e sabores
de dúvidas e temores, e como combinado as horas passam devagar
enquanto dito o ritmo da noite nas lembranças
e faço delas o açoite doce das minhas tristezas...

Bato o dedo, sozinho deixo a marca
e os versos tomam nota, fazem sentido, ganham vida própria
se cantam, se unem em prosa...

Por toda noite que em um lapso me deixo voltar
a sofrer sem improvisos, chorar sem ter motivos
perder-me em tudo que tive na mão
tudo que eu conhecia como a palma e perdi sem razão...

Me faço de tolo já que não fui digno dessa sorte
vivo e apago pouco a pouco
pra que levite e evite ser nascente de mar em terra
divido a culpa com o tempo
com a ingenuidade dos amores e seus momentos
e as palavras do tal poeta...

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