domingo, 18 de setembro de 2011

Inveja de vampiro

Cantos que prendem um pedaço de mim,
fazem lágrimas rolarem para cima...

E os pedidos de "seja mais!",
realize, dê abraços doloridos,
mantenha mesmo que por orgulho os olhos inchados bem longe,
mal servidos, sem qualquer brilho...

Esses pedidos distanciam o homem da alma,
fazem um mal silencioso que corrói de dentro pra fora,
te muda, te usa, te dobra...

E não por acaso
essa sujeira toda que alimenta o bando
e que rechaça a pureza já na retina
é algo que de repente se tornou mais normal
te faz mais feliz.

É assim que se fabrica a mudança,
com o progresso em terra
e o regresso a deriva em diversas dimensões.

Afinal... somos ou não só vampiros?

Reféns da inveja vespertina
onde acha-se o tempo perdido
em outras vidas
e a lucidez que vaga em tipos, em clichês assassinos.

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