terça-feira, 3 de julho de 2012

Café

O café quente na cabeceira desperta
mas ainda não tem o poder de me presentear 
com a famigerada e superestimada vontade de viver.

De num passe de mágica, sorrir pro mundo e me resolver
decidir botar os passos soltos em alguma direção...

Não... E não só por hoje.
Sempre, desde que me conheço por gente 
isso de aceitar o entorno e caminhar direito sempre me doeu
sempre precisei da dispersa, dilúida e pouco requerida...
Vontade de amar! Antes de tudo.

Pra ter vontade de viver é preciso amar.
E nem que o amar fosse tolo, fosse só sofrer,
era aquilo que me mantinha de pé.

Hoje o café quente na cabeceira tarda e esfria
e é o reflexo do tédio incurável da mente.
Que não disfarça o desejo que eu tenho 
de voltar a correr atrás de alguém.

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