Os espelhos no meu quarto te procuram
e na minha cama só há um vazio que cresce.
E eu também procuro, perambulo pelas ruas
caçando déjà vus pela cidade,
meio torto, meio triste, meio morto...
Vago em minhas ruas e nada reconheço,
nem vejo mais graça em chamar Vinícius, de Montenegro.
É como se eu não vivesse de verdade,
é como se sem você não houvesse verdade.
Eu estou partido, sou desespero,
não minto, me entrego, não tem mais jeito.
Por onde eu ando todos os cantos me cobram você,
e até os bons amigos que me encontram, não escondem,
todos perguntam do mal que me aflige...
Sem falar nas pessoas vazias, essas com os sorrisos deprimentes,
que mastigam o pouco que me resta de amor pela vida,
e já sabem de prima que a minha aparência sofrida não mente.
Não há uma parte de mim
querendo que eu seja eu.
Todos preferem a gente.
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