Ei, você aí
que anda por aí
dizendo que aqui
ninguém mais quer saber de amor.
Pense bem no que diz,
veja que o mundo todo é quase um final feliz.
E não é preciso muita coisa além do que já vimos,
além do que queremos pra viver...
É preciso uma dama e uma cama
pra fazer sorrir o redentor.
É preciso um pouco de mar, uma ponta de pedra
e um pôr do sol daqueles bem laranjas pra fazer a alma clarear.
É preciso perder as horas numa manhã de preguiça
e se benzer na porta da igreja
mesmo sem lembrar da ultima vez que foi à missa.
É preciso de um copo vazio
pra querer um copo cheio.
É preciso querer viver de tudo
pra não terminar a vida pelo meio.
É preciso às vezes sair
só pra dar umas voltas pelo jardim,
pra botar o amor em dia e as idéias no lugar,
pra ver brotar toda essa paz bem nos seus pés.
E é preciso também muita dor,
pra poder rimar amor sem esquecer de ser feliz.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Onda
Numa onda de ver o mar
e as aquarelas na paisagem...
Na onda de me integrar,
fazer parte dessa cena...
Como quem não quer nada,
como quem tem tempo e nem tem pra onde ir,
como quem vive livre, vive pra sorrir.
Numa onda de vadio e de poeta,
na levada de surfista e na passada de banguela.
Sempre à margem, sem medo,
sempre em frente por mais encoberto que estivesse o poente.
Na margem do rio, da lagoa,
na proa de qualquer embarcação.
Todas as tempestades
nos copos de várias nacionalidades.
As brigas, as damas,
e as camas pra se deitar...
Nesses dias turvos,
de chuva e vento,
de ausência de mar...
Dias em que eu só quero nuvear o quarto,
pra ter os seus beijos, peitos, abraços...
E amar até não ter mais porque chorar.
e as aquarelas na paisagem...
Na onda de me integrar,
fazer parte dessa cena...
Como quem não quer nada,
como quem tem tempo e nem tem pra onde ir,
como quem vive livre, vive pra sorrir.
Numa onda de vadio e de poeta,
na levada de surfista e na passada de banguela.
Sempre à margem, sem medo,
sempre em frente por mais encoberto que estivesse o poente.
Na margem do rio, da lagoa,
na proa de qualquer embarcação.
Todas as tempestades
nos copos de várias nacionalidades.
As brigas, as damas,
e as camas pra se deitar...
Nesses dias turvos,
de chuva e vento,
de ausência de mar...
Dias em que eu só quero nuvear o quarto,
pra ter os seus beijos, peitos, abraços...
E amar até não ter mais porque chorar.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
É bom que saiba
É bom que saiba que isso tudo é seu
e não há nada que eu não faça por você.
É dos teus olhos que tiro meus passos...
eu viveria tão mal sem te ver.
Não existe um mundo feliz
sem você embolada nos lençóis pela manhã.
Então diz... que voltou pra ficar.
Minta e diga que eu era tudo que você sempre quis pra amar.
Vamos dar nossas voltas pelo jardim
vendo aquelas palmeiras sangrarem em pleno carnaval.
Vamos gritar pelo aterro acordando os bem-te-vis,
vamos estar contentes, cantando os anos setenta por aí...
Transitando nas áreas de escape,
vestindo a farda do clichê.
Amando e esquecendo de tudo,
atropelando os dias D.
E é bom que saiba que tudo que sou,
não é nada sem te ter.
É dos teus olhos que tiro o brilho dos meus...
eu viveria tão mal sem você.
e não há nada que eu não faça por você.
É dos teus olhos que tiro meus passos...
eu viveria tão mal sem te ver.
Não existe um mundo feliz
sem você embolada nos lençóis pela manhã.
Então diz... que voltou pra ficar.
Minta e diga que eu era tudo que você sempre quis pra amar.
Vamos dar nossas voltas pelo jardim
vendo aquelas palmeiras sangrarem em pleno carnaval.
Vamos gritar pelo aterro acordando os bem-te-vis,
vamos estar contentes, cantando os anos setenta por aí...
Transitando nas áreas de escape,
vestindo a farda do clichê.
Amando e esquecendo de tudo,
atropelando os dias D.
E é bom que saiba que tudo que sou,
não é nada sem te ter.
É dos teus olhos que tiro o brilho dos meus...
eu viveria tão mal sem você.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Enquanto houver
Ando cansado de tantas coisas
que mal consigo entender...
Tudo soa tão mesquinho e falso
que o mundo inteiro poderia sumir num estalo
e eu não sentiria nada
nenhuma falta dessas novidades.
Porque não sei você...
mas eu não quero telas em hd, nem supervelocidade.
Eu quero calma, tranquilidade
e um camelinho pra rodar solto na cidade.
Enquanto houver paz, enquanto houver sol...
Enquanto houver alguém pra amar.
Eu não quero ouvir lamentos suburbanos,
nem ver o futebol padecer por debaixo dos panos.
Eu quero envelhecer
pra ter uma boa desculpa pra ser chato.
Mais um velho que vai dizer que a vida era bem melhor,
com mil falas decoradas, lembranças e histórias pra contar.
Eu ando com a alma tão pesada
que mal consigo me aguentar...
Tudo soa tão sujo e desnecessário
que qualquer coisa pode me envenenar.
Mas eu não quero ser mais um
e também não preciso ser diferente.
Mesmo crescendo, eu acho que nunca quis ser gente,
pelo menos não gente assim como essa gente é...
Eu só preciso viver...
viver só enquanto houver paz, enquanto houver sol.
Só enquanto houver alguém pra amar.
que mal consigo entender...
Tudo soa tão mesquinho e falso
que o mundo inteiro poderia sumir num estalo
e eu não sentiria nada
nenhuma falta dessas novidades.
Porque não sei você...
mas eu não quero telas em hd, nem supervelocidade.
Eu quero calma, tranquilidade
e um camelinho pra rodar solto na cidade.
Enquanto houver paz, enquanto houver sol...
Enquanto houver alguém pra amar.
Eu não quero ouvir lamentos suburbanos,
nem ver o futebol padecer por debaixo dos panos.
Eu quero envelhecer
pra ter uma boa desculpa pra ser chato.
Mais um velho que vai dizer que a vida era bem melhor,
com mil falas decoradas, lembranças e histórias pra contar.
Eu ando com a alma tão pesada
que mal consigo me aguentar...
Tudo soa tão sujo e desnecessário
que qualquer coisa pode me envenenar.
Mas eu não quero ser mais um
e também não preciso ser diferente.
Mesmo crescendo, eu acho que nunca quis ser gente,
pelo menos não gente assim como essa gente é...
Eu só preciso viver...
viver só enquanto houver paz, enquanto houver sol.
Só enquanto houver alguém pra amar.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Pretexto
Ando querendo escrever
pra falar do vento bom que venta aqui,
esse que vai ziguezagueando até achar o mar...
Ah, mar.
Andei tropeçando,
querendo motivos pra falar sobre a terra.
Sobre a grama em que eu piso,
sobre o resto daquele amor errado
e salgado de mar que eu ainda vivo.
Mas andamos deixando pra lá...
Rindo do descompromisso
que as ruas daqui sugeriram pra nós.
Contando as casas coloridas
e as mesas que eram nossas por todo lugar.
Com as palavras de sempre
pra ver o teu riso de sempre e amar.
Nessas nossas linhas tramadas
também espalhadas por todo lugar.
E já naquela fase
do velho vício nobre...
Eis que surge um novo mantra
que por muito há de ecoar...
Amor, te encontro na Chaika ou lá pela Montenegro,
num bloco da praia ou na rua no final da tarde a procura de berço.
Sempre na hora errada, carregando um bom pretexto
perdido pela madrugada, fugindo de mais um teto preto.
pra falar do vento bom que venta aqui,
esse que vai ziguezagueando até achar o mar...
Ah, mar.
Andei tropeçando,
querendo motivos pra falar sobre a terra.
Sobre a grama em que eu piso,
sobre o resto daquele amor errado
e salgado de mar que eu ainda vivo.
Mas andamos deixando pra lá...
Rindo do descompromisso
que as ruas daqui sugeriram pra nós.
Contando as casas coloridas
e as mesas que eram nossas por todo lugar.
Com as palavras de sempre
pra ver o teu riso de sempre e amar.
Nessas nossas linhas tramadas
também espalhadas por todo lugar.
E já naquela fase
do velho vício nobre...
Eis que surge um novo mantra
que por muito há de ecoar...
Amor, te encontro na Chaika ou lá pela Montenegro,
num bloco da praia ou na rua no final da tarde a procura de berço.
Sempre na hora errada, carregando um bom pretexto
perdido pela madrugada, fugindo de mais um teto preto.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Ninguém
Da última vez que pensei
em alguma coisa boa ainda era noite.
E agora é tarde
já são quase nove horas da manhã.
Nesse momento, agoniza em meu peito vazio
um ou outro pensamento sozinho...
Numa nuvem negra de um passado onde nada pode mudar.
Um tapa ou talvez um beijo,
um pedido de desculpas tardio,
um pouco de toda descrença que trago comigo...
E então vem o medo, a distração
me vem seus olhos, vem o verão
me falta tudo, não, não falta nada
quero ser eu, quero morrer agora só pra não ser ninguém.
Porque ninguém mente, porque ninguém pode,
ninguém diz o que sente... Ninguém, não se importa.
Ninguém fica triste, ninguém é amigo da morte,
ninguém tem cães que mordem... Ninguém, é que tem sorte.
Ninguém ama mais do que eu.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Imediatos
Não é que eu não goste de você,
mas eu prefiro fingir que não faço questão de viver.
Drama king,
com os olhinhos vidrados sempre no entardecer.
Escute bem, se eu não te atendo,
é só porque prefiro dormir.
E por favor, entenda,
isso não diminui o que é você pra mim.
É que eu preciso ficar sozinho,
eu realmente prefiro o escuro do meu peito vazio.
O amor não me alimenta
e o calor às vezes só me mata de medo.
Ao contrário do frio
e dessa imensa solidão...
Que são os imediatos
do incompetente comandante que sou,
desse perdido coração de quem não entende
e nem quer entender o que é amor.
mas eu prefiro fingir que não faço questão de viver.
Drama king,
com os olhinhos vidrados sempre no entardecer.
Escute bem, se eu não te atendo,
é só porque prefiro dormir.
E por favor, entenda,
isso não diminui o que é você pra mim.
É que eu preciso ficar sozinho,
eu realmente prefiro o escuro do meu peito vazio.
O amor não me alimenta
e o calor às vezes só me mata de medo.
Ao contrário do frio
e dessa imensa solidão...
Que são os imediatos
do incompetente comandante que sou,
desse perdido coração de quem não entende
e nem quer entender o que é amor.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Prata
Esses fundos olhos negros de pidona
e suas voltas de prata e turquesa nas mãos,
são uma armadilha pro meu frágil e inquieto coração.
Quando te vejo eu fico desarmado,
entregue, encantado com a clareza desse seu olhar,
com todo o amor do seu sorriso de quem ainda vive fora do ar.
Eu mal consigo te olhar de lado,
sem resistir, bato os olhos, te encaro.
Descendo pelas tuas curvas,
secando descaradamente o seu bronzeado.
Pensando nas suas unhas
desbravando pela noite as minhas costas.
Pensando em escrever
um poema decretando a santidade incontestável das tuas covas.
Com a sua voz bem baixinha no fundo,
me interrompendo, sussurrando,
dizendo o quanto queria de novo,
dizendo o quanto me queria de novo.
e suas voltas de prata e turquesa nas mãos,
são uma armadilha pro meu frágil e inquieto coração.
Quando te vejo eu fico desarmado,
entregue, encantado com a clareza desse seu olhar,
com todo o amor do seu sorriso de quem ainda vive fora do ar.
Eu mal consigo te olhar de lado,
sem resistir, bato os olhos, te encaro.
Descendo pelas tuas curvas,
secando descaradamente o seu bronzeado.
Pensando nas suas unhas
desbravando pela noite as minhas costas.
Pensando em escrever
um poema decretando a santidade incontestável das tuas covas.
Com a sua voz bem baixinha no fundo,
me interrompendo, sussurrando,
dizendo o quanto queria de novo,
dizendo o quanto me queria de novo.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Tempo morto
Vem chegando um tempo morto
e eu tô sofrendo mesmo vivo
anda difícil me arrancar um sorriso.
Mas não dá pra reclamar,
também sou feito de tristeza.
Sou o próprio fim da estrada,
sou a encruza escura e suja na madrugada.
Eu sou o fim de tarde frio,
sou o dia de chuva no verão do Rio.
Eu sou a bala que uiva na noite
e leva o sangue pro asfalto.
Sou o açoite doce da classe média triste que assalta.
Sou o rompante, a euforia,
a classe que falta na hora que tudo se desfaz.
Não trago boas notícias,
não gosto de você.
Sou negro, morto e triste,
sou o causador de toda dor que o mundo assiste.
Não trago boas notícias,
não gosto de ninguém.
e eu tô sofrendo mesmo vivo
anda difícil me arrancar um sorriso.
Mas não dá pra reclamar,
também sou feito de tristeza.
Sou o próprio fim da estrada,
sou a encruza escura e suja na madrugada.
Eu sou o fim de tarde frio,
sou o dia de chuva no verão do Rio.
Eu sou a bala que uiva na noite
e leva o sangue pro asfalto.
Sou o açoite doce da classe média triste que assalta.
Sou o rompante, a euforia,
a classe que falta na hora que tudo se desfaz.
Não trago boas notícias,
não gosto de você.
Sou negro, morto e triste,
sou o causador de toda dor que o mundo assiste.
Não trago boas notícias,
não gosto de ninguém.
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