Esses fundos olhos negros de pidona
e suas voltas de prata e turquesa nas mãos,
são uma armadilha pro meu frágil e inquieto coração.
Quando te vejo eu fico desarmado,
entregue, encantado com a clareza desse seu olhar,
com todo o amor do seu sorriso de quem ainda vive fora do ar.
Eu mal consigo te olhar de lado,
sem resistir, bato os olhos, te encaro.
Descendo pelas tuas curvas,
secando descaradamente o seu bronzeado.
Pensando nas suas unhas
desbravando pela noite as minhas costas.
Pensando em escrever
um poema decretando a santidade incontestável das tuas covas.
Com a sua voz bem baixinha no fundo,
me interrompendo, sussurrando,
dizendo o quanto queria de novo,
dizendo o quanto me queria de novo.
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