Ando querendo escrever
pra falar do vento bom que venta aqui,
esse que vai ziguezagueando até achar o mar...
Ah, mar.
Andei tropeçando,
querendo motivos pra falar sobre a terra.
Sobre a grama em que eu piso,
sobre o resto daquele amor errado
e salgado de mar que eu ainda vivo.
Mas andamos deixando pra lá...
Rindo do descompromisso
que as ruas daqui sugeriram pra nós.
Contando as casas coloridas
e as mesas que eram nossas por todo lugar.
Com as palavras de sempre
pra ver o teu riso de sempre e amar.
Nessas nossas linhas tramadas
também espalhadas por todo lugar.
E já naquela fase
do velho vício nobre...
Eis que surge um novo mantra
que por muito há de ecoar...
Amor, te encontro na Chaika ou lá pela Montenegro,
num bloco da praia ou na rua no final da tarde a procura de berço.
Sempre na hora errada, carregando um bom pretexto
perdido pela madrugada, fugindo de mais um teto preto.
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